International Menopause Society Associação Brasileira de Climatério

Atualidades em Síndrome Geniturinária da Menopausa Ou Atrofia vulvo-vaginal

Ouvi um Podcast da IMS- Sociedade Internacional da Menopausa da Dra. Rosella Nappi da Itália sobre este tema e resolvi dividir com vocês.

Já falei sobre isso no blog há um tempo mas por ser tema muito frequente no dia a dia, vale a pena voltarmos a ele.

O termo VVA- vulvo vaginal atrofia foi alterado para Síndrome Genito- urinária da Menopausa em 2014 por dois principais motivos. Um por atrofia ser termo negativo e que causava constrangimento às pacientes e também dificultava abordar o tema, tanto no consultório quanto em entrevistas por exemplo. O segundo motivo é porque essa condição traz outros sintomas, não só na vagina e vulva mas também no assoalho pélvico e no sistema urinário. Normalmente as mulheres não gostam do termo atrofia, confesso que eu também não.

É muito importante que o profissional que atende a mulher faça perguntas sobre isso, quebre o gelo com a paciente. Pois muitas tem vergonha ou acham que é próprio da idade e tem que se adaptar.

O que eu costumo perguntar às minhas pacientes: Você sente ressecamento vaginal? Dor na relação sexual? Ardência? Coceira?

Também é fundamental o exame ginecológico, onde podemos ver sinais de que as alterações já começaram. Existem sinais objetivos que podemos visualizar no exame: redução da elasticidade da mucosa, perda das rugosidades vaginais (sempre falo pras minhas pacientes – na vagina é bom ter rugas), ressecamento, secreção anormal…

Existe uma clara conexão com esses sinais e sintomas e a deficiência estrogênica. Ou seja é a menopausa e a queda dos hormônios a principal causa da Síndrome.

O grande problema é que devemos estar atentas , nós como profissionais e as mulheres pois se não tratada a condição pode virar crônica e em algum ponto até irreversível.

Essa síndrome tem grande impacto na intimidade e relacionamento do casal. Além de extremamente comum.

Então sempre começamos por uma boa entrevista e exame físico para também fazer diagnóstico diferencial com outras condições ginecológicas como líquen escleroso e infecções ginecológicas. Essas condições são mais frequentes na menopausa pela alteração da microbiota e PH vaginais nesta fase.

E o tratamento? A primeira linha de tratamento são os lubrificantes e hidratante vaginais. Em casos leves e iniciais eles trazem alívio dos sintomas e melhoram a mucosa. Temos várias marcas e produtos no mercado brasileiro.

A segunda linha seria o estrogênio local. No Brasil hoje temos cremes vaginais , óvulos e comprimidos vaginais. Todos em baixa dose e seguros porém só devem ser indicados por um ginecologista pois existem contra indicações.

A terceira linha de tratamento é a terapêutica hormonal sistêmica ou a terapêutica hormonal. Que normalmente usamos quando a mulher tem sintomas da síndrome climatérica com ondas de calor e sudorese por exemplo.

E por último vamos falar um pouco das tecnologias a base de energia. Elas são excelentes quando existem contra indicações a terapêutica hormonal por exemplo nas mulheres que tiveram câncer de mama. E os lubrificantes e hidratantes já não são suficientes. São uma opção não-farmacológica e podem ser usadas nas mulheres que não se adaptam aos cremes vaginais. A grande dificuldade nos cremes é a aderência ao tratamento visto que tem q ser usados de muito longo prazo. Temos que tratar pelo tempo que for necessário com os cremes isso muitos anos na maioria das vezes.

A limitação do laser (Erbium ou CO2), Radiofrequência Microablativa- FRAXX e Ultrassom microfocado- HIFU é o preço pois são tecnologias caras e não estão acessíveis pelo SUS ou pra maioria das pacientes. E por serem tratamentos mais recentes não existem estudos de muito longo prazo já disponíveis. São efetivos e práticos mas ainda requerem avaliação caso a caso. Normalmente indico após as outras linhas de tratamento terem falhado ou não serem suficientes.

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