Fitoterapia
O uso medicinal de plantas é uma prática tão antiga quanto a própria humanidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% da população mundial utiliza plantas medicinais para tratamento e prevenção de doenças.
A eficácia desses tratamentos depende de diversos fatores, sendo a autenticidade da planta um dos principais. A origem da muda e a garantia de que ela seja verdadeira são fundamentais. Além disso, o manejo e o cultivo influenciam diretamente na presença dos marcadores químicos necessários para o efeito terapêutico. Uma mesma planta pode apresentar ações e efeitos diferentes dependendo das condições de cultivo, como contaminação do solo, ar e altitude. Por isso, o controle de qualidade, desde a seleção da muda até a fabricação do medicamento, é extremamente importante para o uso medicinal.
As plantas contêm diversas moléculas que, em conjunto, formam o que chamamos de fitocomplexo. A maioria dos medicamentos fitoterápicos age por meio desse conjunto de moléculas, em uma sinergia que pode ser comparada a um belo "balé".
O potencial risco de intoxicação exige cuidados especiais na preparação e consumo. É fundamental reavaliar o conceito errôneo de que plantas, por serem "naturais", são isentas de riscos e efeitos colaterais. O uso indevido ou prolongado, assim como a mistura de diversas plantas, pode causar graves consequências.As plantas podem ser utilizadas de diversas formas ou preparações, como cápsulas de droga vegetal, extrato seco, tinturas, cremes, cataplasmas, pomadas, géis e shampoos.
O uso doméstico, bastante popular, inclui chás, infusões, decocções e macerações.
Entre as plantas medicinais mais conhecidas e populares no Brasil, podemos citar hortelã, babosa, camomila, alecrim, guaco, boldo e espinheira-santa.